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Mulher, onde se esconde sua feminilidade?
Como dizia Vinícius , “olha que coisa mais linda , mais cheia de graça, é ela a menina que vem e que passa , num doce balanço a caminho do mar”. O grande poeta em poucas palavras traduz um dos valores mais expressivos inerentes a uma mulher que é a sua feminilidade.
Através dos tempos vem surgindo uma nova mulher, refletindo transformações que transparecem desde a dona de casa até a mais competente profissional das diferentes áreas. Mulher essa cheia de dinamismo, ideais e sonhos, disposta a alcançar suas realizações, e acima de tudo consciente do seu papel na família e na sociedade.
Essa nova mulher se preocupa com a sua saúde, com a sua estética, e sabe o quanto é importante a qualidade de vida. Ela consegue conciliar a mãe afetuosa com a amante ardente e com a profissional realizada.
Ao entrarmos em uma academia, podemos notar o grande número de mulheres de diferentes faixas etárias que frequentam a mesma com o objetivo de conseguir um corpo mais bonito e mais saudável.
Ao observarmos como se distribui esse número em relação às atividades oferecidas pela academia, concluímos que a maioria dessas mulheres busca as atividades que na linguagem feminina se traduz por “quero emagrecer e ficar mais durinha”. Então percebemos que os aparelhos aeróbicos como bicicletas, esteiras, a musculação e as aulas de ginástica localizada são as atividades mais procuradas.
Tomando como referência as palavras “graça e balanço” tão inteligentemente colocadas por Vinicius de Morais surge a seguinte pergunta. Como você avaliaria hoje a sua graça e o seu balanço? Será que é levantando a perna com uma caneleira, fazendo um exercício na musculação, ou caminhando em uma esteira que você estará trabalhando a sua feminilidade?
Pois bem, um programa de treinamento para ser considerado ideal para uma mulher, deve ser complementado com um trabalho de dança, seja qual for o estilo, dependendo do gosto e das características próprias. Através da dança é que você atingirá o mais rico trabalho corporal referente à lapidação de movimentos, à interação da cognição com o corpo estimulando a memória motora, noção de espaço temporal, etc..., à soltura dos movimentos e acima de tudo a capacidade de expressão. Não devemos trabalhar apenas o nosso tônus muscular, mas também o tônus emocional que é tão importante na nossa capacidade expressiva, que é expressar-se através do movimento.
Muitas vezes a inatividade do corpo como veículo de expressão bloqueia e aprisiona a nossa capacidade interna pela perda, esquecimento e consequentemente a paralisação da sua expressão natural que necessita caminhar paralela ao movimento cotidiano.
Além de todos esses argumentos importantes, a dança faz acordar aquilo que toda mulher guarda na sua essência, que alguns chamam de feminilidade, outros de sensualidade, não importa. O que interessa é que “o colorido rosa choque” de uma mulher se fará transparecer em cada movimento, em cada simples gesto e que com certeza a diferenciará de muitas outras.
Meg Mendonça
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